O Museu Nacional do Traje em Portugal está permanentemente contando aos visitantes sobre a história do Traje Português do século XVIII até o presente, no piso principal do Palácio.
No período barroco, o traje feminino era geralmente composto de três peças principais, o corpete ajustado ao busto, a saia e a protuberância. As mulheres se vestiam suntuosamente, com as rendas e laços em suas roupas. Entre 1740 e 1770, no meio do período de Rocaille, apareceu um vestido mais suave, com um corpete, saia e o famoso “Plis Watteau”, composto de dobras de tecido que se soltavam nas costas, sugerindo um falso manto. Na metade do século, a vestimenta “francesa” usada nas grandes cerimônias tinha amplos volumes laterais, um corpete cingido e uma protuberância aberta na frente, formando uma abertura triangular que mostrava a saia.
A forma básica do traje masculino apareceu na França no final do século XVII, durante o reinado de Luís XIV, sendo composta por casaco, colete e calções. Este grupo permaneceu no período de Rocaille, embora as jaquetas fossem menos largas e apresentassem ricamente bordadas. Os shorts eram apertados e terminavam abaixo dos joelhos. Os bordados formavam padrões florais e vegetais e eram confeccionados nos pedaços de tecido antes de serem feitos os cortes dos coletes ou dos coletes.
Estilo barroco (1700 a 1789)
Durante o período barroco, o vestido das mulheres consistia principalmente de três itens: o corpete ajustado, a saia e o overskirt. Grandes decotes, maquiagem e perfumes eram elementos essenciais da sedução.
Estilos de Rocaille (1740 a 1770)
Entre 1740 e 1770, dentro do período Rocaille, introduz-se um vestido novo e flutuante, composto por corpete, saia e o famoso plis Watteau.
Estilo imperial (1796 a 1820)
Com a Revolução Francesa, ocorrida em 1789, os ideais revolucionários de “Liberdade, Igualdade e Fraternidade” combinados com o gosto pela antiguidade greco-romana transformaram radicalmente as roupas das mulheres. Em trajes femininos, as mulheres abandonavam seus espartilhos e meias-calças, bem como seus tecidos pesados e ricos, seus vestidos eram retos, na altura da cintura e mangas curtas de balão acompanhadas de luvas altas. As saias atingiam os tornozelos e as caudas eram usadas apenas na corte.
Na véspera da Revolução, havia um grande entusiasmo pelas partes masculinas do traje inglês, tanto pela qualidade de seus vestidos como por sua aparência funcional. Mas a grande novidade desta vez foi a introdução de calças no guarda-roupa masculino, a partir do traje dos homens do povo e marinheiros, as calças começam a ser usadas como símbolo da revolução, pois os shorts eram sinônimos da fantasia aristocrática.
Estilo romântico (1825 a 1865)
No século XIX, na era da industrialização, surgiram rápidos avanços tecnológicos em diversas áreas de produção, às quais a indústria da moda não era estranha. Nos anos 50, o traje feminino atingiu sua máxima expressão com a introdução da crinolina. Esta armação interna deu um grande volume simétrico às saias sem adicionar peso. O espartilho reformulou o busto feminino. Os tecidos preferidos eram seda e musselina de algodão com padrões, flores, listras e listras. As cores eram simples e discretas, predominantemente azuis e verdes.
A moda masculina de 1850 manteve as tendências das décadas anteriores. Os casacos de cor preta ou de tons sóbrios eram também usados com calças nas praças. Durante a noite, ele usava um casaco preto com calças e um colete do mesmo tecido, uma camisa com um babador engomado e um arco.
Romantismo
A publicação dos poemas Camões (1825) e D. Branca (1826) de Almeida Garrett marcou o início do romantismo em Portugal, que duraria 40 anos.
Espartilhos e a cintura
As mulheres recuperaram o uso de espartilhos e a cintura voltou ao seu lugar natural, já que a moda exigia cinturas delicadas.
A década de 1850
Na década de 1850, as saias atingiram sua expressão máxima com a introdução da crinolina.
Fêmeas No Romantismo
O ideal feminino do romantismo elogiou mulheres delicadas, frágeis e pálidas, consumidas pela melancolia. Os tecidos favoritos eram seda e musselina de algodão com folhas, flores, padrões xadrez e listras.
O estilo da Belle Époque (1870 a 1914)
As senhoras usavam vestidos de duas peças, compostas de corpo e saia, que eram feitas com tecidos pesados e o espartilho permaneceu em voga. A saia foi usada por muito tempo, acumulando cortinas, enfeites, bugigangas, fitas, laços, pompons e franjas. No entanto, a silhueta característica deste período foi dada por um interior volumoso, chamado de “tournure”, aplicado na parte de trás da saia.
Em 1890, as mulheres viram o surgimento dos chamados “saudáveis” espartilhos que produziam um rolamento em forma de S ondulado. Deste modo erigiu-se o busto da mulher e destacou-se assim que se denominou “baú de rolos”. As longas saias em forma de sino geralmente tinham uma pequena cauda. Os vestidos de dia tinham um cós de cintura e um babador ou tule de renda. À noite os vestidos tinham decotes largos e os braços eram protegidos com luvas compridas.
Na fantasia masculina, os casacos e fraque continuaram a ser usados na maioria das situações cerimônia com cartola. Para a vida cotidiana, os conjuntos de três peças – jaqueta, colete e calças – eram usados com um chapéu-coco.
século 19
A segunda metade do século XIX foi uma época de grande ecletismo, tanto nas artes como na moda, com uma clara influência dos estilos de outros períodos. As mulheres usavam vestidos de duas peças, compreendendo corpete e saia feita de tecidos pesados.
Vestido feminino
O vestido das mulheres com este quadro foi feito na moda pelo estilista Charles Worth.
Moldura Volumosa
A silhueta era fornecida por uma estrutura interna volumosa chamada de “tournure” (azáfama) na parte de trás da saia.
Espartilho e corpete
O espartilho por baixo do corpete permaneceu na moda. A saia era longa, com uma série de cortinas, passementerie, bugigangas, fitas, laços, pompons e franjas.
Espartilhos de Saúde
Em 1890, as mulheres testemunharam o surgimento dos chamados espartilhos de saúde, que formavam uma silhueta ondulada em “S”.
Peito de rolinha
O busto das mulheres foi elevado e enfatizado de tal forma que foi chamado de “peito de rola”. As saias longas sugeriam potes de sino e geralmente exibiam um pequeno trem.
Museu Nacional do Traje em Portugal
O Museu Nacional do Traje e da Moda está localizado no Palácio Monteiro-Mor, em Lisboa, Portugal. Tem uma coleção de 33.000 itens, que inclui principalmente trajes masculinos e femininos dos séculos XVIII e XIX.
O museu está localizado em uma vasta propriedade adquirida pelo Estado Português em 1975. Esta propriedade – uma antiga quinta de recreação do século XVIII – tem uma extensa área verde agora aberta ao público e conhecida como – Parque Botânico Monteiro-Mor, e sua sede da sede em um edifício do século XVIII – o Palácio Angeja-Palmela.
Sua finalidade é estabelecer uma estratégia para a pesquisa, conservação e exibição pública de trajes e tecidos. Além disso, possui uma política de salvaguardar e promover o Parque Botânico Monteiro-Mor e apoiar esse patrimônio entre a comunidade.
Coleções
As coleções da instituição incluem coleções de roupas civis – mulheres, homens e crianças, nacionais e internacionais – e seus acessórios, fragmentos de tecidos e peças de bragal, materiais e equipamentos que atestam os processos de produção têxtil, de figurinos e acessórios.
As primeiras ofertas de peças datam de 1974 nos registros do Museu Nacional do Traje, todos eles de indivíduos. A coleção pública que integrou sua coleção veio do Museu Nacional dos Automóveis que, desde 1904, colecionou uma importante coleção de fantasias da Casa Real.