À primeira vista, as imagens tridimensionais do artista holandês Folkert de Jong parecem sedutoras e perturbadoras em igual medida. De Jong geralmente transforma o espaço expositivo em um palco de teatro, para o qual projeta cenários feitos, com grande virtuosismo, de espuma de poliuretano, um material incomum na escultura. Muitas vezes inspirado em fatos históricos, pessoas reais ou episódios memoráveis da história da arte, seus trabalhos se desdobram em composições complexas que confrontam o espectador com uma franqueza extremamente tangível. Em resposta a um convite de Mudam, de Jong apresenta o Actus Tragicus, um conjunto de novas obras que ele criou especialmente para o Grand Hall. Para o artista, esse espaço central do museu possui o domínio intimidador de uma catedral ou mausoléu, além de ser perfeito para apresentações teatrais, com uma varanda para observar à distância. Dez figuras maiores que a vida, cujas fisionomias, como uma experiência déjà-vu, lembram…